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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Audiovisual e Dispositivos Móveis

A integração dos dispositivos móveis às redes permite uma comunicação em
pleno deslocamento pelo espaço urbano e torna o celular em mais um nó
desta rede. O aparelho se torna não apenas uma ferramenta para a produção
da arte mas no próprio suporte na qual ela vem se realizar, do mesmo modo
levantamos questões acerca da apropriação dos dispositivos no processo de
criação, difusão e recepção do audiovisual. Os artistas já se colocaram numa
posição crítica em relação às tecnologias, assim fornecem elementos na
observação da relação entre tecnologia e sociedade. Por meio de um
mapeamento das produções de artistas e usuários que usam o celular
podemos identificar as temáticas abordadas e suas poéticas tentando sempre
traçar as características próprias destas produções e dos elementos
constitutivos de uma linguagem própria.
A crescente popularização dos dispositivos digitais de captação de
imagem têm revolucionado, mais uma vez, a produção audiovisual,
consolidando tendências como a “mass self communication” (CASTELLS,
2006), o universal sem totalidade (LÉVY, 1999) e o hibridismo nas artes e a
convergência digital (SANTAELLA, 2003). Um dos campos mais promissores
parece ser o da integração de meios digitais de produção de vídeos com as
redes informáticas permitindo a transferência imediata do arquivo e outras
formas de acesso, interação e enunciação do audiovisual. A integração de
câmeras de vídeo em aparelhos celular chama a atenção, neste contexto, por
combinar a) naturalização do processo de captação de imagens na vida das
pessoas b) uma ligação direta com computadores e redes informacionais e c)
possibilidades estéticas e de linguagem que diferenciam estes dispositivos de
aparelhos como câmeras Hi-8s, HDs, Mini Dvs.
Hoje os celulares se tornam nós quando se integram as redes,
podemos compará-los mais a um computador portátil do que telefones com a
função restrita de chamada de voz, o próprio termo definidor “telefone celular”
já não é mais adequado para defini-lo, enquanto surgem nomes como DHMCM
- dispositivos híbridos móveis de conexão multi-redes, (LEMOS, 2008) o
aparelho se reinventa e no processo de convergência assume funções que
antes eram impensadas a ele. A tecnologia 3G já é realidade e possibilita o
acesso a banda larga por meio destes aparelhos, dentre outras redes - ad hoc
e infra-estruturada (AGAR, 2003) incluímos aqui o Bluetooth, o infravermelho,
wi-fi, wi-max. Neste sentido a produção, seja ela foto, música, vídeo e ou outra de
qualquer espécie passa a ser transferida imediatamente para outros aparelhos
ou para computadores e ser acessada potencialmente por qualquer pessoa
em qualquer lugar do mundo. Eclodem os Moblogs, literatura em SMS,
wireless mobile games, smart mobs, flash mobs: classificações de trabalhos
produzidos com/para estes dispositivos que usam esta conectividade como
potenciadora da transmissão e da própria experiência da arte. E todos os “m”-
neologismos: m-comércio, m-governo, m-entretenimento, m-etiqueta etc.
(CASTELLS, QIU, ARDÈVOL e SEY, 2007).

Artigo completo em: http://arte.unb.br/7art/textos/tiagoFranklin1.pdf

Foto: Rogério Lorenzoni



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